Horizonte promissor: investimentos imobiliários em Santa Catarina movimentam bilhões e atraem investidores

Stunning view of Balneário Camboriú's modern skyline reflecting on the beach at daytime.

O mercado imobiliário de Santa Catarina registrou um volume recorde de lançamentos e vendas nos últimos anos, consolidando-se como um dos destinos mais atrativos para quem busca investir em imóveis. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (ABRAINC), o Valor Geral de Vendas (VGV) em lançamentos alcançou R$ 45 bilhões em 2024, cifra que representa um acréscimo de 108% em comparação a 2021, quando o estado contabilizou R$ 21,7 bilhões em VGV. Entre 2021 e 2024, foram lançadas 118,3 mil unidades em todo o território catarinense, sendo 36,7 mil apenas em 2024, demonstrando a força e a confiança dos incorporadores na economia local.

O aumento do interesse por Santa Catarina também se reflete na quantidade de profissionais e investidores atuantes no setor. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI-SC) contabiliza atualmente 48.371 pessoas físicas e 10.544 pessoas jurídicas credenciadas, o que demonstra um robusto ecossistema de intermediação e investimento. Além disso, um estudo recente sobre o perfil do investidor imobiliário no estado indica que 62% deles são homens e 79% têm 35 anos ou mais, buscando sobretudo imóveis novos e bem localizados, com foco no potencial de retorno.

O litoral catarinense segue como protagonista: responde por 77% do total de VGV lançado entre 2021 e 2024, somando R$ 37 bilhões em 2024 apenas nessa região. Cidades como Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí apresentam as cotações de metro quadrado mais altas do Brasil, com média de R$ 13.911/m² em Balneário Camboriú, R$ 13.721/m² em Itapema e R$ 11.766/m² em Florianópolis, conforme levantamento do Sebrae SC.

O cenário de valorização atrai também investidores voltados à renda de locação. O índice FipeZAP apontou em abril de 2025 uma alta de 12,92% nos aluguéis residenciais acumulada nos últimos 12 meses, superando a inflação oficial. Nesse contexto, a modalidade short stay (aluguel de curta duração) ganha espaço: dados da plataforma MySide indicam retorno médio de 15,5% ao ano em Itajaí, ressaltando a diversificação de estratégias para rentabilização de ativos.

Entre os grandes diferenciais de SC, está o perfil de comprador que alia lazer, segurança e praticidade. O segmento de alto padrão e multipropriedade – em que várias pessoas compartilham a escritura de um imóvel – vem crescendo de modo expressivo. Projeções do Sebrae SC apontam que a expansão de cidades médias e a consolidação de resorts urbanos devem manter o VGV acima de R$ 50 bilhões já em 2026, caso as taxas de juros se estabilizem e a oferta de crédito imobiliário siga em patamar compatível com a demanda.

Apesar do destaque, o estado ainda enfrenta um déficit habitacional estimado em 7,3%, o que abre espaço para empreendimentos de interesse social e associativo. Modelos de negócio em que o comprador adquire cotas de construção ou participa de consórcios imobiliários tendem a crescer, mitigando o problema de acesso à moradia. Esse movimento não só amplia a oferta de moradias populares como também atrai investidores interessados em impactos sociais e retornos estáveis.

Para os próximos anos, a expectativa é de consolidação de nichos como built to rent (imóveis construídos para locação), co-living e soluções integradas de gestão patrimonial que utilizem tecnologia para otimizar a ocupação e a manutenção dos imóveis. Além disso, o fortalecimento do turismo, a retomada dos grandes eventos e a digitalização dos processos de negociação devem impulsionar ainda mais o apetite pelo mercado catarinense.

Com projeto de expansão urbana alinhado ao crescimento econômico regional e indicadores sólidos de valorização, Santa Catarina se firma como terreno fértil para investidores que buscam diversificar portfólio e assegurar retornos acima da média. O momento é de observar as oportunidades de lançamento, avaliar a infraestrutura de cada município e apostar em modalidades inovadoras de uso e locação, garantindo não apenas rentabilidade, mas também menor exposição a riscos financeiros.

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